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Diretores d’A RODA participam de oficina na Itália
12 de Maio de 2016

Este post foi escrito por Tatiana Mendonça

Olga Gómez e Marcus Sampaio no festival de Charleville, na França, em 1997. Foto: Arquivo pessoal

Em 1997, uma viagem para conhecer o “Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes”, em Charleville, na França, marcou o início da companhia A RODA. No dia 14 deste mês, Olga Gómez e Marcus Sampaio, diretores do grupo, voltam a viajar juntos, desta vez para participar da Oficina Internacional de Teatro de Sombras, oferecida anualmente pelo Teatro Gioco Vita em sua sede em Piacenza, na Itália.

Criado há 45 anos, o Gioco Vita é referência mundial em teatro de animação. Este ano, o tema da oficina é “A Sombra e seu duplo” e o objetivo é explorar as relações entre o corpo e o teatro de sombras contemporâneo. Com duração de três semanas, o curso será ministrado por Fabrizio Montecchi, diretor artístico da companhia, e por Nicoletta Garioni. Entre os participantes, há profissionais do Canadá, Finlândia, Dinamarca, Romênia e Senegal. “A convivência com o Teatro Gioco Vita e tudo que aprenderemos serão fundamentais para nossos passos futuros”, conta Marcus.

Da participação na oficina poderão nascer ideias para uma encenação baseada no poema dramático Rainha Vashti, última obra publicada pela poeta baiana Myriam Fraga. “A participação na oficina poderá ser o impulso que falta para encenar com sombras mais uma obra de Myriam”. O outro espetáculo a que Marcus se refere é o premiado O Pássaro do Sol, de 2010.

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Capa do catálogo da exposição de sombras interativa do Teatro Gioco Vita em 1997, primeiro contato d’A RODA com o grupo  

Para Olga, é como se a viagem à Itália completasse um “ciclo de maturidade dentro da companhia”. Eles conheceram o Teatro Gioco Vita ainda no festival de Charleville, a partir de uma exposição interativa de teatro de sombras e de um espetáculo do grupo. Ficaram fascinados. “Participar durante três semanas do curso do Teatro Gioco Vita, que acompanhamos há dezenove anos, proporcionará um intercâmbio que nos permitirá entender o funcionamento e os mistérios da permanência no tempo deste grupo. É um milagre de administração”.

A atividade integra as ações do projeto Madeira Viva 2, mantido pela companhia desde 2015, com apoio da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb). Um dos eixos do projeto, que venceu o edital Funceb de apoio a grupos e coletivos culturais de 2014, é justamente o intercâmbio com novos artistas. Essa troca será ampliada com a vinda de Fabrizio Montecchi para ministrar uma oficina em Salvador, agendada para o mês de agosto.

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Imagem de divulgação da oficina de sombras deste ano do Teatro Gioco Vita

Outros pilares do Madeira Viva 2, que mantém as atividades regulares da companhia, são a formação de novos artistas, por meio do programa de estágio, a ampliação do acesso aos espetáculos do grupo e o desenvolvimento de nova pesquisa de linguagem. “Projetos de manutenção de grupo são fundamentais para a sobrevivência de companhias independentes de animação de bonecos, que como nós necessitam de um corpo estável em constante processo de trabalho”, conta Marcus.

Para aproveitar ainda mais a viagem à Europa, Marcus e Olga também irão a Praga, conhecida por suas espetaculares marionetes. Uma visita ao Museu do Boneco em Chrudim, perto da capital tcheca, também está no roteiro. É a primeira vez que Olga visita o país, e ela não esconde a animação. “Sempre esteve nos meus sonhos conhecer a capital mundial do teatro de bonecos”.


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